Embaixadores
Lia Maria
Mestra em Gestão de Políticas Públicas Educacionais em Gênero e Raça, especialista em Culturas Negras do Atlântico, bacharel em Belas Artes. É a criadora da marca @diaspora009 onde desenvolve a função de curadora, designer, produção, mídia, entregadora e direção de arte. O trabalho até os dias de hoje tem sido desenvolvido com parceria de ateliês de costura e com apoio da família, além de amigas e amigos que acreditam no sonho e somam para esta realização.
Somos resultado de sonhos ancestrais de humanização e prosperidade. Diversas linguagens culturais compõem o religare com nossas narrativas de insurgência e felicidade guerreira para compreender arte como prática política.
Cada apresentação no Odú é ferramenta disruptiva e se faz uma colcha de retalhos onde a curadoria do Festival é em sí – registro de memórias coletivas que fortalecem nosso auto-conceito positivo e fazem reverberar caminhos afro diaspóricos de liberdade criativa.
O Festival de Artes Negras ODU é para mim – uma vila amorosa que potencializa os resultados de uma resistência artivista por visibilidade e protagonismo de pessoas negras. Nesta egrégora a prática antiracista, a valorização LGBTQIA+ e a acolhida às nossas múltiplas identidades e pertenças geográficas são uma construção coletiva de sucesso.
Cocriar Artes Negras é prática ancestral para afrofuturar. Ser ODU é dar e receber a valorização das narrativas de corpos políticos que têm um manifesto comum: realizar sonhos ancestrais é um poder libertador.
Leno Sacramento
Leno Sacramento é ator integrante do Bando de Teatro Olodum há 25 anos. Com o Bando, Leno já participou de muitas montagens, com atuação no Brasil e em países como Alemanha, Portugal, Londres, Angola e outros. Sua atuação no teatro transita em espetáculos como Cabaré da Rrrrraça, Áfricas, Ó Paí, ó… No cinema atuou em Ó Paí, ó, Cidade Baixa, Besouro, O Tiro e Jardim das Folhas Sagradas. Na televisão duas temporadas de Ó Paí, ó.
Leno também é diretor e dramaturgo. Escreveu seus monólogos – O Clássico, En(cruz)ilhada, Nas Encruza, Vi(elxs). E escreveu e dirigiu os espetáculos TPM para Homens, Eles Não Sabem de Nada, V de Viado. Leno assina a direção dos espetáculos Vovô, Até o Fim e Encontro com Godot.
ODU é do tamanho de onde foi criado, ODU foi criado em um encontro cheio de amor e ancestralidade, em frente ao mar de Salvador. Já nasceu dando certo e seguimos.
Cristiane Sobral
A escritora é carioca e vive em Brasília. Multiartista, é escritora, atriz e professora de teatro. Bacharel, licenciada em teatro e Mestre em Artes (UnB). Tem 11 livros publicados, o mais recente: “Amar antes que amanheça, ed. Malê”. Em 2020 criou a editora Aldeia de Palavras e os projetos Curso de Escrita Criativa e formação literária com publicação, com 2 publicações: uma antologia de contos, Águas D’Ilê e uma de poesia com autores de São Tomé e Príncipe (projeto Ilha de Palavras). Em 2019 palestrou sobre literatura em 09 universidades nos EUA, inclusive Harvard. Foi jurada do Prêmio Jabuti de Literatura, categoria contos, em 2020.
Representação estética da experiência humana, um encontro ousado e assentado no centro-oeste a anunciar o poder da arte negra do DF e não só. ODU apresenta e constrói a cada ano outras narrativas sobre o jeito de ser da gente negra brasileira, dá visibilidade aos artistas negros, negras e LGBTQIA+. Sua programação educa, forma e profissionaliza resistindo diante dos desafios de um mercado ainda restrito para aqueles que assumem suas identidades e complexidades. O Festival ousa em tempos pandêmicos trazendo um rol de artistas renomados e também dialoga com o meio acadêmico. Em cena, poéticas outras, performances, cantos e danças da nossa ancestralidade e apontando ainda para o futuro das artes pretas no país